terça-feira, 16 de outubro de 2012

Cruz Vermelha divulga balanço de atendimentos feitos no Círio 2012

Desmaios, escoriações e cortes leves estão entre os casos mais comuns.

Recrutamento de voluntários acontece o ano inteiro em Belém.




12.500 voluntários garantiram o atendimento a promesseiros durante o Círio deste ano. (Foto: Ângelo Reis / Cruz Vermelha Pará)
No último domingo (14), quando aconteceu a grande festa da fé do povo paraense, o Círio de Nazaré, 1.968 pessoas receberam atendimento de voluntários da Cruz Vermelha durante as seis horas de procissão.

De acordo com o balanço divulgado nesta segunda-feira (15), os casos mais comuns foram relacionados à elevação da pressão arterial (hipertensão), lesões musculares (entorses), hipoglicemia, desmaios, ferimentos leves, cortes superficiais nas pernas e pés de promesseiros. Nas situações mais graves houve registros de traumatismo craniano, aborto, fraturas expostas e crises respiratórias agudas. 35 pessoas envolvidas em casos graves foram removidas para hospitais diversos em Belém.

Além disso, 16 romeiros perdidos, entre crianças, idosos e pessoas com deficiência, procuraram ajuda em alguns dos 17 postos de atendimento da Cruz Vermelha distribuídos ao longo do trajeto por onde passa a procissão.

Segundo a conselheira emérita da Cruz Vermelha no Pará, Suleima Pegado, cerca de 12.500 voluntários foram capacitados para atuar no atendimento aos devotos da virgem de Nazaré durante todas as romarias do Círio de Nazaré. “A Cruz Vermelha trabalha o ano todo para treinar socorristas que possam prestar assistência aos devotos. A partir de agosto esse trabalho se intensifica, mas estamos abertos o ano inteiro para receber novos voluntários”, esclarece.

Os interessados em participar como voluntários da Cruz Vermelha podem procurar a sede da instituição em Belém, localizada na Gentil Bittencourt, 1840. O atendimento é feito de segunda a sexta, de 8h às 18h. Para obter informações há ainda o telefone (91) 3326-2556.

Solidariedade que se renova
Suleima Pegado, que está à frente da coordenação da Cruz Vermelha há 28 anos, conta que a adesão ao grupo aconteceu como uma prova de fé na sua própria vida. No ano de 1984, a filha Paulinne nasceu com uma grave deficiência enzimática de ordem genética e teve as esperanças perdidas pelos médicos que acompanhavam a criança.

Devota de Nossa Senhora de Nazaré, Suleima prometeu à família que iria acompanhar o Círio na corda se conseguisse a cura da filha, mas foi impedida porque apresentava problemas cardíacos. “Fiz uma promessa à grande Mãe: já que eu não poderia ir na corda, iria ser voluntária, trabalhando no socorro aos fiéis da virgem enquanto tivesse vida”, relata, emocionada.

Além de coordenar o trabalho de voluntariado da Cruz Vermelha, conseguiu a adesão de toda família no árduo exercício de solidariedade e fraternidade. Paulinne, jovem com hoje 28 anos e muita saúde, herdou o espírito humanitário e se mobiliza todos os anos para garantir a ajuda e algum conforto àqueles que não abrem mão de participar da maior festa religiosa do povo do Pará.



Publicado originalmente em: G1/PA

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